“A horticultura pode desempenhar um papel importante na promoção de comportamentos mais saudáveis e, ainda, na melhoria do bem-estar físico e mental dos citadinos”: esta é a principal de um estudo realizado pela Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica do Porto, em parceria com a Lipor sobre as hortas públicas, biológicas e urbanas e o efeito que possuem nos comportamentos de saúde, na qualidade de vida e nas práticas ambientais.
Conduzida pelo nutricionista Paulo Nova, esta investigação científica recorreu a uma amostra de 115 indivíduos, onde foi detetada uma “melhoria significativa” ao nível do bem-estar físico e mental.
“Os participantes que iniciaram a jardinagem evidenciaram, em média e após seis meses, uma melhoria significativa ao nível de comportamentos de promoção da saúde, tendo-se observado um aumento da prática de exercício físico, bem como alterações a nível da alimentação. Neste âmbito, os indivíduos da amostra aumentaram o consumo de laticínios, de peixe, de hortofrutícolas, de ervas aromáticas e, ainda, reduziram o consumo de doces e pastéis, aproximando-se de uma alimentação mais saudável. Também a influência desta prática nos hábitos tabágicos dos participantes foi avaliada, tendo sido registados resultados surpreendentes: os fumadores reduziram o número de cigarros por dia para cerca de metade e sete indivíduos deixaram de fumar”, realçam em comunicado.
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