Estudo publicado na revista Ecological Indicators demonstra que a qualidade do ar na zona metropolitana de Lisboa melhorou nos últimos anos. Os resultados confirmam que a Avenida da Liberdade é a zona mais problemática e que Monsanto é o “pulmão” de Lisboa.
Os investigadores do cE3c e do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), em colaboração com investigadores do Instituto Superior Técnico – Universidade de Lisboa, chegaram à conclusão de que a qualidade do ar na zona metropolitana de Lisboa melhorou nos últimos anos, que a Avenida da Liberdade é a zona mais problemática e que Monsanto é o “pulmão” de Lisboa, através da utilização de líquenes e briófitos, que funcionam como biomonitores dada a sensibilidade que apresentam aos poluentes existentes no ar.
Os líquenes consistem na associação entre fungos e algas e são, por exemplo, os organismos alaranjados que dão cor aos telhados um pouco por toda a parte em Portugal. Os briófitos, por seu lado, englobam três grandes grupos de organismos, sendo os musgos os mais conhecidos por serem utilizados nos presépios na época do Natal.
Os resultados agora publicados na revista científica Ecological Indicators resultam de um estudo comparativo com dados recolhidos entre 1980-1981 e 2010-2011, que permitiu avaliar as alterações que ocorreram na qualidade do ar na zona Metropolitana de Lisboa ao longo de mais de 30 anos.