Os incêndios florestais provocaram até 30 de junho 3.936 hectares de área ardida, menos 60% do que no mesmo período de 2019, revelou o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
“Comparando os valores do ano de 2020 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 65% de incêndios rurais e menos 77% de área ardida relativamente à média anual do período”, refere aquele organismo, sublinhando que o ano de 2020 apresenta, até ao dia 30 de junho, o segundo valor mais reduzido em número de incêndios e o terceiro valor mais reduzido de área ardida, desde 2010.
De recordar que um terço de Portugal continental apresenta níveis elevados de perigosidade de incêndio rural, conforme indicado na carta de perigosidade estrutural referente à década de 2020-2030, divulgada pelo ICNF. No documento são destacadas como zonas críticas as serras do Alto Minho e do Gerês, os planaltos e serras do norte da Beira, a serra da Estrela e o Pinhal Interior, assim como as serras algarvias (Monchique e Caldeirão). Para além destas regiões, são também assinaladas zonas que na última década foram recorrentes na ocorrência de grandes incêndios, tais como o Maciço Estremenho e Médio Tejo. Nestes territórios, o solo é ocupado predominantemente por pinheiros-bravos, eucaliptos, carvalhos, castanheiros e por espécies invasoras como as acácias. Os matos e outra vegetação esparsa completam a lista.