
O Município de Cascais deu início a mais uma fase do Projeto de Recuperação de Florestas Marinhas, com o transplante de algas kelp no mar da região. Esta ação integra a Estratégia Municipal para o Mar e visa restaurar habitats marinhos ameaçados, reforçando a biodiversidade e a resiliência dos ecossistemas costeiros.
As florestas de kelp, outrora abundantes em Cascais, têm vindo a desaparecer nas últimas décadas, refletindo uma tendência global. Reconhecendo a sua importância ecológica, comparável à das florestas tropicais, o município está a investir na sua recuperação com base em conhecimento científico e parcerias estratégicas.
A plantação das algas está a ser realizada com o apoio do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, responsável pela produção e transplante das espécies. A campanha inclui também a monitorização de áreas intervencionadas em anos anteriores, assegurando uma abordagem sistemática e baseada em evidência.
O projeto conta com a colaboração do Clube Naval de Cascais, mergulhadores e equipas técnicas da autarquia. O objetivo é ambicioso: restabelecer um hectare de floresta marinha até 2030, no âmbito do movimento global Kelp Forest Challenge, que pretende restaurar quatro milhões de hectares de habitat kelp até 2040.
Além dos benefícios ambientais, como a produção de oxigénio e a absorção de dióxido de carbono, estas florestas marinhas oferecem serviços de ecossistema valiosos, incluindo alimentação, lazer, e potencial para aplicações futuras na medicina e farmacêutica.